segunda-feira, 20 de abril de 2009

saudade

Tem dias que me acho uma pessoa forte, noutros me sinto muito fraca. Nesses últimos tenho experimentado o peso da saudade. Saudade da família, dos amigos, de um cheiro familiar, de um abraço conhecido. Nesses últimos dias desejei o almoço da casa da minha mãe, com uma comida simples, mas cheia de carinho, amor e brincadeiras. Desejei deitar na cama dos meus pais depois do almoço, sentindo o cafuné que só a minha mãe sabe fazer. Desejei o cafézinho de final da tarde, em que amigos queridos chegam e sentam e todos têm um momento de alegria juntos. Como desejei a visita inesperada das minhas sobrinhas de manhã pra deitar na minha cama e curtir o soninho que existe antes de se acordar de verdade.
Dizem que tem coisas que a gente precisa perder pra valorizar de verdade. Acho que de uns anos pra cá, já sabia que essas coisas eram valiosas assim. Espero não ter deixado de demonstrar minha alegria de estar na presença dos meus queridos.
Nem tudo são tristezas, nesses últimos dias tenho encontrado de novo, e todos os dias, a amizade do meu querido marido, tenho aberto espaço para novas amizades e novos desafios... exatamente como imaginei.
Às vezes o passarinho precisa cair do penhasco para aprender a voar. E assim eu me jogo... esperando que as minhas asas comecem a bater...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Energia


Lá em Manaus, toda vez que faltava energia eu dizia: "Como assim, faltar energia, estamos em pleno século 21". Quando a "luz vai embora", a gente fica muito estressado, fica calor, tem mosquito em toda parte, a gente fica com raiva e não consegue dormir, só que não dá pra assistir televisão e nem entrar na internet pra passar o tempo.
Então, aqui estou eu, em plena São Paulo, e ontem, faltou energia por horas e horas. Eu simplesmente não acreditei! Século 21, em São Paulo, sem energia. Moro em um prédio antigo e lá fomos nós subir as escadas, no escuro. Não tínhamos fósforo, então usamos um incenso para acender o forno. Foi no mínimo engraçado, mas depois de algumas horas, a brincadeira já havia perdido a graça.
A vida é assim, no século 21 a luz ainda vai embora, mesmo em São Paulo, e temos uma boa oportunidade de parar, conversar, jogar conversa fora, sem as distrações de uma cidade, sem a TV, sem o computador e sem celular (porque o meu estava descarregado e não tinha como carregar). Esses momentos, se aproveitados, podem se tornar inesquecíveis.

sábado, 4 de abril de 2009

visitas

Uma coisa legal de morar longe é receber visitas. Morando em São Paulo, existe a vantagem de que onde quer que as pessoas vão no Brasil, passam por aqui. Outra coisa são as pessoas que vem pra fazer alguma coisa na área médica, o que pode não ser tão legal, mas acaba sendo, porque a gente vê a pessoa indo embora bem!
Semana passada tivemos uma visita dessas de médica. A nossa tia veio pra tirar um câncer. A tensão era constante, apesar do bom-humor que ela insistia em manter. Posso dizer que aprendi bastante sobre confiança em Deus e saber que Ele cuida da gente.
Depois a tensão, a alegria de saber que foi tudo bem! E de lambuja, a mãe dela veio pra cuidar dela e acabou cuidando de todo mundo. Comidas, guloseimas, carinhos de vó. Me fez sentir saudade da minha avó. E foi legal também porque eram pessoas conhecidas da família, queridas, mas com quem não tínhamos tanto contato assim, e a visita nos fez conhecer-nos melhor e assim, gostarmos ainda mais um do outro.
Então... meus amigos, sejam bem-vindos a visitar-nos. Amamos receber visitas queridas e amigas, que trazem mais alegria e cor pras nossas vidas.